ARTESP e concessionárias alertam sobre hanseníase nas rodovias paulistas

Notícia publicada em 8 de janeiro de 2018

Brasil é o segundo país com mais casos de hanseníase; Acesso às informações sobre a doença é essencial para o diagnóstico

Neste mês, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo – ARTESP e as 22 concessionárias de rodovias paulistas estão apoiando a campanha educativa que visa ampliar informações sobre a hanseníase, tema do “Janeiro Roxo” instituído pelo Ministério da Saúde. Os 352 painéis de mensagens variáveis (PMVs) instalados em pontos de grande movimentação das rodovias paulistas concedidas exibirão o alerta: “Janeiro Roxo – Todos Contra a Hanseníase”. Com isso, espera-se que as pessoas busquem mais informações sobre a doença para que o diagnóstico seja feito mais precocemente. “A hanseníase é hoje no Brasil uma endemia oculta pela falta de diagnóstico. As pessoas têm procurado as unidades de saúde quando a doença já está no estágio de incapacidade física. Com a campanha, e a parceira da Artesp, esperamos chegar às pessoas para ter diagnósticos mais rápidos e chegar no controle dessa doença que é milenar na sociedade”, avalia o Dr. Cláudio Salgado, presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), em entrevista para a Rádio Artesp Informa.

O tratamento para hanseníase, feito com antibiótico, é gratuito em todo o país. A doença é causada por uma bactéria que afeta os nervos levando à perda ou diminuição da sensibilidade ao toque, à dor, ao frio e calor, além de formigamentos e dormências. Podem surgir manchas avermelhadas ou esbranquiçadas na pele. Além disso, a hanseníase é a doença infecciosa que mais causa cegueira. Se for diagnosticada a tempo, as sequelas podem ser controladas e o paciente terá uma vida normal. Os exames clínicos são suficientes para o diagnóstico.

O Brasil é o segundo país com mais casos de hanseníase, atrás da Índia. Por ano, são registrados perto de 30 mil casos da doença, nos vários estados brasileiros e dentre as várias classes sociais, incluindo adultos e crianças. A título de comparação, o Brasil registra oficialmente a mesma quantidade de casos de HIV/AIDS anualmente. Estima-se que 90% da população têm defesa natural contra a doença, mas a hanseníase leva de 5 a 10 anos para se manifestar.

Em 2017, a SBH lançou a campanha educativa Todos Contra a Hanseníase, com objetivo de alertar e levar informações à população. “Muitas pessoas convivem durante anos com a doença sem conhecer os sintomas. Por isso, precisamos que jovens e adultos sejam alertados e se tornem multiplicadores de informações, para evitar o diagnóstico tardio e as sequelas”, alerta Salgado. A entrevista completa com o Dr. Cláudio pode ser ouvida e baixada no link: goo.gl/AFR2fL.

Para mais informações sobre a doença, acesse o site da Sociedade Brasileira de Hansenologia: www.sbhansenologia.org.br.




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