logo
Search

Sistema nas rodovias SP-225 e SP-270 detecta veículo lento e ajuda a evitar colisões traseiras

A combinação de tráfego pesado e aclive em trechos rodoviários sempre foi um risco potencial de colisões traseiras, uma realidade...

‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎

CART adotou tecnologia que alerta motorista sobre a presença de veículo lento em aclive

A combinação de tráfego pesado e aclive em trechos rodoviários sempre foi um risco potencial de colisões traseiras, uma realidade que se tornou um desafio para equipes de operações e engenharia da CART Concessionária de Rodovias. O objetivo era mitigar as ocorrências deste tipo de acidente em dois trechos considerados críticos das rodovias SP-225 João Baptista Cabral Rennó, em Santa Cruz do Rio Pardo, e SP-270 — Rodovia Raposo Tavares, em Assis, no interior de São Paulo. O uso de tecnologia foi a solução encontrada, um sistema capaz de identificar e alertar sobre a presença de veículo em velocidade lenta na pista.

Os locais selecionados foram os quilômetros 300 da SP-225, no perímetro de Santa Cruz do Rio Pardo, na pista sentido interior-capital (Leste), e 436 da SP-270, no perímetro de Assis, na pista sentido capital-interior (Oeste). Os trechos são em aclive e o tráfego de caminhões é frequente nas rotas para a Capital, bem como para a região de Prudente e estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. Em cinco anos, foram registradas nestes segmentos 23 colisões traseiras.

O sistema, batizado de Rampa Segura, possui um sensor de tráfego capaz de detectar veículos com velocidade abaixo de 55 km/h. A passagem de veículo lento aciona o sistema de focos de led, instalados às margens da pista, indicando ao motorista que segue atrás, em velocidade superior, da necessidade de mudar de pista para seguir viagem.

Aprovação

Em uma pesquisa realizada com usuários deste trecho da rodovia, 80% deles reconheceram o problema da circulação constante de veículos lentos no local. Dos veículos comerciais abordados, o mesmo índice percentual trafegava em velocidade baixa.

Para 75% dos entrevistados, a sinalização do Rampa Segura é facilmente notada e eficiente para alertar ao motorista de que há risco à frente. “Este é o resultado de um trabalho de integração entre setores da CART com o objetivo de salvar vidas. Esta sinergia possibilita a tomada de decisões para solucionar diferentes desafios para a segurança viária neste corredor que é a rota para diferentes atividades econômicas”, afirma João Tarciso Rodrigues, coordenador de Engenharia da CART, um dos idealizadores do Rampa Segura.

 

Outros fatores

Levantamento do setor Planejamento de Operações da CART aponta que ocorreram 302 colisões traseiras com veículos pesados entre 2017 e 2021. Somente na Raposo Tavares foram registrados 207 acidentes deste tipo.

Grande parte dos veículos envolvidos transportava soja, adubo, cana-de-açúcar, milho e carne. As ocorrências tiveram maior incidência no período noturno, das 18h às 23h. Além da velocidade reduzida em aclive, outros fatores foram determinantes para estes acidentes.

 

“Identificamos muitas vezes problemas nas lanternas e faróis dos caminhões, falta de material refletivo. E na outra ponta, a imprudência de motoristas que falham com a atenção ao volante”, reforça João Tarciso.

Inovação

A solução com o Rampa Segura é um projeto-piloto que deve ser levado para outros trechos rodoviários. Integra uma iniciativa da Concessionária de estímulo ao trabalho intersetorial para boas práticas de inovação e soluções para desafios internos e externos.

“Entre as ideias estruturadas pela CART no âmbito do ESG, formatamos e implantamos um programa de inovação que coloca o colaborador no protagonismo da idealização de propostas que são a saída para problemas que eles próprios enfrentam no dia a dia de suas jornadas. O Rampa Segura é um dos 77 projetos apresentados em uma rodada de ideias que integraram 14 equipes. São atitudes que estimulam a criatividade e que refletem na qualidade dos serviços da CART”, conclui René Silva, diretor-presidente da Concessionária.

Por- Wuilson Vieira- Analista de Comunicação

Notícias relacionadas

Mais Lidas