logo
Search

A Fiesp e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo realizaram nesta quarta (27), o 2º encontro com os presidenciáveis

Pré-Candidato do Novo à presidência, D’Avila, defende política de estado para ciência e tecnologia e critica obras de ‘cunho eleitoreiro’...

‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎

Pré-Candidato do Novo à presidência, D’Avila, defende política de estado para ciência e tecnologia e critica obras de ‘cunho eleitoreiro’

A Fiesp (Federação das Indústrias e do Estado de São Paulo) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) realizaram nesta quarta (27), o 2º encontro com os presidenciáveis que devem concorrer nas eleições de outubro. Dessa vez, o encontro dos empresários e diretores das duas entidades foi feito com o cientista político Luiz Felipe D’Avila, do Novo, que foi definido como pré-candidato ao Governo Federal por seu partido no início de abril.

O presidente da Fiesp, Josué Gomes, comandou o encontro. O presidente interino do Ciesp, Vandermir Francesconi, também esteve na mesa com o pré-candidato e foi um dos entrevistadores. As perguntas são as mesmas para todos os presidenciáveis e foram elaboradas a partir de um compilado de questões enviadas pelos diretores das duas entidades.

O pré-candidato defendeu em suas falas, a privatização ampla de órgãos e instituições vinculados ao Governo Federal, caso do Correios, Petrobrás e Caixa Econômica Federal, por exemplo.

Para D’Avila ainda, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico) não deve ser a única fonte para financiamentos no país, embora tenha papel importante a cumprir em casos específicos como no das debêntures (títulos de renda fixa atrelados à empresas) de longo prazo e os de obras nas quais o retorno social será mais importante do que o financeiro, caso de projetos de saneamento básico.

O pré-candidato do Novo, que tem mestrado em administração pública pela Harvard Kennedy School (EUA), defendeu, no entanto, subsídios do estado para a área da ciência e da pesquisa, o que, em sua opinião, é fundamental para que o Brasil possa se reindustrializar e alcançar o nível mais avançado de modernização, com a chamada indústria 4.0. “Se a gente quer reindustrializar o Brasil, a gente precisa de política de estado de investimentos em ciência e tecnologia. Não pode ser uma coisa que vai de acordo com o humor do governo. Essa linha de investimento toda vez é sacrificada para bancar o custeio do estado brasileiro”, disse o pré-candidato.

Indústria da Construção Civil

O diretor financeiro do Ciesp, Demetrio Zacharias, também foi um dos entrevistadores do pré-candidato e abordou questões da indústria da construção civil. Zacharias lembrou que a cadeia produtiva da construção engloba diversos seguimentos, principalmente da indústria de transformação. Só em 2022, por exemplo, dos R 5,8 milhões do setor produtivo, R 2,5 milhões eram só da própria construção civil, segundo ele. “É um potencial que atrai investimentos e torna a economia mais eficiente e esse quadro aponta para um papel estratégico para a gente poder ter a retomada do crescimento no Brasil. Seu governo planeja atuar sobre essa questão e como você pretende avançar na retomada de obras, levando em consideração os desafios atuais?”, questionou o diretor financeiro do Ciesp.

D’Avila ressaltou que as obras paradas significam prejuízo aos cofres públicos, à população e a todos os setores da sociedade, mas ressaltou que é preciso critério para verificar as obras que são realmente necessárias e as que foram feitas apenas para promover caixa eleitoral de políticos. “Algumas empreiteiras foram, infelizmente, a mola propulsora do maior escândalo de corrupção desse país. Então, nós precisamos separar o joio do trigo. A gente não tem muito esse hábito de ter esse papo reto quando se discute política, mas a gente tem que ter critério. O critério é qual o impacto social de uma obra? Se é importante, vamos fazer. Se não é importante, não vamos fazer”, disse D’Avila, que também defendeu a descentralização para as políticas habitacionais que deem autonomia para estados e municípios definirem seus critérios de acordo com a realidade local e que para isso sejam utilizadas linhas de financiamento do BNDES, mas também dos bancos privados.

Simone Tebet será a próxima presidenciável a participar do encontro com as duas entidades no dia 1º de agosto. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou presença no dia 09 de agosto e o presidente Jair Bolsonaro, no dia 12. A Fiesp e o Ciesp ainda aguardam a confirmação da data do encontro com André Janones.

Assessoria de imprensa Ciesp

Ricardo Viveiros & Associados Oficina de Comunicação

Notícias relacionadas