Algumas estações do ano fazem com que os escorpiões apareçam. Eles ficam mais ativos com o calor e as chuvas contribuem desalojando esses animais de suas tocas. Escorpiões não são insetos, e sim artrópodes aracnídeos, o que explica a sua relativa resistência a inseticidas.
Eles habitam o planeta há centenas de milhões de anos. No Brasil, temos duas espécies extremamente venenosas, o Tityus serrulatus (escorpião-amarelo) e o Tityus bahiensis (escorpião-marrom). Ambos são comuns na região sudeste e ocorrem em São Paulo. O veneno é neurotóxico, afetando o sistema nervoso e causando muita dor. O quadro clínico do envenenamento pode variar, pois depende de diversos fatores como a espécie do escorpião, a quantidade de veneno inoculado, a idade e a massa corpórea da vítima, sendo crianças e idosos, o grupo mais vulnerável.
Para evitar a presença e proliferação de escorpiões, devem-se adotar as seguintes medidas:
– Manter a tampa dos ralos internos na posição fechada;
– Colocar telas milimétricas nos ralos na área externa;
– Vedar frestas nos muros, paredes e pisos;
– Vedar a soleira das portas com rodinho ou rolinhos de areia;
– Não acumular entulho ou materiais de construção;
– Verificar se os espelhos de luz e pontos de fiação elétrica não apresentam frestas e vãos;
– Manter o ambiente limpo; acondicionando o lixo em recipientes fechados; manter a limpeza de jardins, sem acúmulo de folhas; providenciar a limpeza e corte do mato em terrenos;
Para evitar acidentes:
– Examinar roupas e calçados antes de usá-los;
– Manter cama, sofás, berços afastados da parede;
– Manter lençóis, cobertores, cortinas sem contato direto com o chão;
Em caso de acidente, procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima, evitando procedimentos caseiros. A referência no município de São Paulo no atendimento de acidentes com animais peçonhentos é o Hospital Vital Brasil (Av. Vital Brasil, 1.500, no Butantã.)
Por Gustavo A. Schmidt de Melo Filho