O Governo australiano investe mais de R$23 bilhões por ano em fundos destinados a pesquisas. 70% deles contam com colaboração internacional. Nos últimos anos, mais de 30 projetos envolvendo brasileiros foram financiados.
Anualmente, o Governo da Austrália investe cerca de 23 bilhões de reais no financiamento de pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias. Existem diferentes fundos que oferecem benefícios que variam de R$16 mil a pouco mais de R$2 milhões por projeto. O país mantém diferentes programas que estimulam a colaboração internacional, projetos, principalmente aqueles voltados para áreas de importância crítica e imediata para a Austrália e de alto impacto no mundo, como mudanças climáticas, alimentação e saúde, recursos como solo, água e transporte. Atualmente, cerca de 70% dos trabalhos financiados pelo Conselho de Pesquisa Australiano (Australian Research Council) envolvem colaboração internacional.
Segundo o conselheiro de Ciência e Educação da Embaixada australiana no Brasil, Niclas Jönsson, o principal objetivo é apoiar o engajamento bidirecional entre a Austrália e o restante do mundo. “Queremos explorar as oportunidades de cooperação entre países em educação, treinamentos, ciências e pesquisas, promovendo o intercâmbio de estudantes nas duas vias e a mobilidade acadêmica e de pesquisa”, ressalta.
A maioria dos programas de financiamento é aberto a candidatos estrangeiros, desde que eles se inscrevam através de organizações australianas. O país tem 41 universidades, 125 centros de ensino superior e mais de 1.41 milhões de estudantes, sendo quase 26% deles estrangeiros.
Brasil
Em 2016, mais de 20 mil brasileiros estavam em intercâmbio na Austrália, realizando cursos de línguas, projetos científicos, pesquisa e extensão, ou a trabalho. Nos últimos anos, mais de 30 projetos com participação de brasileiros foram financiados pelo Governo australiano. “Geralmente os projetos se concentram em áreas prioritárias para as economias de onde vêm esses pesquisadores e que tenham relação com a Austrália. Quando falamos em Brasil, a alimentação e o agronegócio estão entre as áreas mais importantes”, conclui Jönsso