No país, desde 2015, a cobertura vacinal contra essa doença tem registrado queda ano após ano
Recentemente, em julho passado, o Departamento de Saúde do Estado de Nova York, nos Estados Unidos confirmou um caso de poliomielite, o primeiro registro em quase dez anos. Na cidade de Londres, no Reino Unido, a Agência de Segurança da Saúde disse ter encontrado, entre fevereiro e julho, um total 116 vírus da doença em 19 amostras coletadas do esgoto da capital. Desde o começo do ano registros do vírus estão sendo comunicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em países da África, Israel e Ucrânia.
No Brasil, campanha pública contra Poliomielite e Multivacinação reforça importância da proteção de crianças e adolescentes
Secretarias de Saúde de diversas cidades do Brasil realizaram no último sábado (20/08) o Dia D da vacinação contra Poliomielite e Multivacinação. A campanha busca reforçar a importância da imunização, principalmente contra a poliomielite, causadora da paralisia infantil.
A Campanha contra a Poliomielite e Multivacinação irá imunizar crianças de 1 a menores de 5 anos de idade, contra poliomielite e crianças e adolescentes menores de 15 anos. O esquema vacinal inclui a vacina inativada, que completou em agosto 10 anos desde que foi introduzida no Programa Nacional de Imunizações (PNI), em bebês aos 2, 4 e 6 meses, e um reforço com a vacina atenuada, em gotas, entre 15 e 18 meses e, novamente, entre 4 e 5 anos de idade.7
A adesão às campanhas de vacinação é a principal estratégia para controlar a doença. Em outros países, como o vírus ainda está circulando de forma ativa, é preciso manter a atenção e a vacinação em dia para evitar a ressurgência da enfermidade. A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa provocada pelo poliovírus. Quando a infecção atinge o sistema nervoso central, pode levar à paralisia das pernas e pode, até, causar a morte.
Em 1994, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da poliomielite. Porém, desde 2015, a cobertura vacinal contra essa doença tem registrado queda ano após ano. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 95%.
Obs:Coberturas vacinais no Brasil são baixas e heterogêneas. Sociedade Brasileira de Infectologia (SBim). Disponível em: Link. Acesso em outubro/2021.
Por Cinthia Jardim