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Entenda porque Portugal é um dos destinos favoritos dos brasileiros

Mais de 200 mil brasileiros vivem no país ibérico, de acordo com o Itamaraty Nos últimos 10 anos, o número...

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Mais de 200 mil brasileiros vivem no país ibérico, de acordo com o Itamaraty

Nos últimos 10 anos, o número de estrangeiros morando em Portugal aumentou 40% de acordo com o censo divulgado no final do ano passado. Entre os 555 mil estrangeiros que vivem na parte portuguesa da Península Ibérica, pelo menos 183 mil são brasileiros, segundo o último relatório do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), de 2020. No último ano, porém, milhares de renovações de residência foram feitas, o que faz com que o Itamaraty estime que existam cerca de 276 mil brasileiros vivendo no país luso. Mas por quais motivos Portugal é um destino tão procurado por quem tenta ganhar o mundo fora do Brasil?

Um dos principais fatores, sem dúvida, é o idioma em comum. Não ter a necessidade de dominar outra língua para conseguir se comunicar é um grande atrativo. Além disso, o clima também é vantajoso para quem sai do Brasil. As temperaturas são amenas ao longo do ano, em detrimento de boa parte dos outros países europeus, permitindo uma vivência mais próxima da que existe na terra natal.

E muitas das diferenças também são positivas. Em um país cujo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é muito alto, quem emigra encontra a possibilidade de uma vida longa e saudável – a expectativa de vida varia entre 78 e 83 anos -, acesso a ensino e saúde públicos de qualidade e um bom padrão de vida. De acordo com o relatório do Institute for Economics & Peace de 2021, Portugal é o quarto país mais seguro do mundo para se viver. “Portugal só tem a crescer: é um país com segurança, que tem uma cultura vibrante e uma economia sólida”, observa o advogado israelense Itay Morfundador do Clube do Passaporte, empresa com sede no Brasil especializada em processos para obtenção da cidadania portuguesa.

E os benefícios não param por aí: todo o território também conta com um bom sistema público de transporte. É possível se locomover facilmente dentro das cidades e entre as regiões do país com ônibus, trens e metrôs. Realidade bem diferente das que observamos nas grandes metrópoles brasileiras.

Entre outros atrativos estão a excelente gastronomia, a cultura riquíssima, pontos turísticos incríveis e, é claro, a proximidade com outros países europeus. Para quem nasceu no Brasil, ainda há a possibilidade de desfrutar de tudo isso como cidadão português, uma vez que cerca de 30 milhões de brasileiros podem ter esse direito – e a maioria não sabe dessa oportunidade.

Desde 2015, qualquer descendente de judeu de comunidades sefarditas, cujos antepassados ​​foram expulsos na época da Inquisição, pode requerir a cidadania do país. Das famílias forçadas à conversão ao cristianismo no mesmo período, surgiram os chamados cristãos-novos. Descendentes dessa comunidade também têm o direito à cidadania portuguesa. “Existem dados que apontam que os judeus chegaram a representar 20% da população portuguesa. Na época colonial, a maioria desses novos cristãos migraram para o Brasil”, conta Itay.

A comprovação da ascendência judaica independe da prática do judaísmo ou da pertença à comunidade judaica. “Cada vez mais brasileiros têm nos procurado e temos tido muito sucesso na comprovação dos processos e na obtenção do direito à cidadania”, afirma Marcelo Rubin Goldschmidt, sócio e cofundador do Clube do Passaporte no Brasil. “Nossa pesquisa é realizada por genealogistas especializados e pode chegar até a 15ª geração”, observa.

De acordo com o SEF, mais de 200 mil descendentes de judeus sefarditas e cristãos-novos já solicitaram o passaporte português. Desses, o Brasil é o país com o terceiro maior número de candidatos.

Se esse não for o seu caso, ainda há a possibilidade de aproveitar o país europeu ao obter um visto de residência para investidores estrangeiros. Pelo programa Golden Visa, é necessário investir uma quantia que pode variar entre 250 a 500 mil euros. O tipo de investimento mais popular é a compra de imóveis e os brasileiros são o segundo grupo que mais obtêm esse tipo de permissão. Depois de cinco anos com direito à residência, o investidor pode se tornar cidadão português.

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