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G7 deve agir com urgência para cumprir compromissos climáticos – e então fazer mais

Os resultados do encontro podem ser ainda um ponto de apoio para o próximo encontro internacional, nos dias 7 e...

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Os resultados do encontro podem ser ainda um ponto de apoio para o próximo encontro internacional, nos dias 7 e 8 de julho, durante a reunião do G20, em que o Brasil estará presente na mesa de negociações.

O diretor-executivo do WWF-Brasil, Maurício Voivodic acredita que os integrantes do G7 correspondem a cerca de um quarto das emissões globais. Um grande passo desses líderes pode significar, além da redução de emissões propriamente dita, um estímulo para que países em desenvolvimento façam o mesmo.

ROMA, Itália (25 de maio, 2017) – Nos próximos dois dias (26 e 27 de maio), líderes de sete grandes economias do mundo, praticantes do chamado G7, estarão na região da Sicília, Itália, para uma reunião que tem como tema “Fundamentar as bases para uma confiança renovada”. Está é uma perfeita oportunidades para os países mostrarem o caminho da ação climática, cumprindo os compromissos assumidos no Acordo de Paris e, então, fazerem mais.

De acordo com o líder global da Prática de Clima e Energia do WWF, Manuel Pulgar-Vidal, é de competência dos membros do G7 acelerar a descarbonização para limitar o aquecimento a bem abaixo de 2,0 ° C, com esforços de 1,5 ° C, tal como estabelecido no Acordo de Paris.

Os países pertencentes ao grupo são Itália, Japão, França, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, mais a União Europeia.

“Os líderes do G7 estão reunidos poucos meses depois de 2016 ter sido declarado o ano mais quente da história. Os sinais estão aí. O mundo está em desequilíbrio e as emissões induzidas pelo homem são as principais causas. O aumento das temperaturas está afetando a vida e meios de subsistência das comunidades mais vulneráveis. A perda de biodiversidade está diminuindo a capacidade da natureza de fornecer serviços de que a sobrevivência humana depende “, disse.

Assim, dado o enorme esforço coletivo que será necessário para enfrentar os desafios das alterações climáticas, a ação do G7 seria significativa. “Eles devem reunir a vontade política necessária para tomar medidas imediatas em escala climática. Sim, o plano de ação climática deve ser abordado na UNFCCC. Porém, as discussões informais entre líderes – como ocorrerá na Sicília neste fim de semana – podem resultar em aumento da força”, disse Pulgar-Vidal.

O líder do WWF ressaltou a necessidade dos países reafirmarem sua vontade de ação climática como resposta ao posicionamento norte-americano. “Qualquer incerteza sobre o compromisso dos EUA com o Acordo de Paris deve ser um chamado para que governos em todo o mundo dobrem seus próprios compromissos e se mantenham responsáveis. Nenhum governo vai definir o resultado final dos nossos esforços para combater as mudanças climáticas”, disse.

A importância do exemplo

Uma decisão do G7 de aumentar a ambição nas ações relacionadas ao clima seria importante também para incentivar os países em desenvolvimento a ampliar seus esforços, conforme comenta o diretor-executivo do WWF-Brasil, Maurício Voivodic.

“Ao todo, os integrantes do G7 correspondem a cerca de um quarto das emissões globais. Um grande passo desses líderes pode significar, além da redução de emissões propriamente dita, um estímulo para que países em desenvolvimento façam o mesmo”, diz Voivodic, acrescentando que os países desenvolvidos são os que possuem a maioria dos recursos e da tecnologia disponível para a transição rumo a uma economia de baixo carbono.

Os resultados do encontro podem ser ainda um ponto de apoio para o próximo encontro internacional, nos dias 7 e 8 de julho, durante a reunião do G20, em que o Brasil estará presente na mesa de negociações.

“Apesar de toda instabilidade que estamos vivendo no cenário nacional, não podemos esquecer do grande desafio deste século, que são as mudanças climáticas. Atualmente, há diversas ameaças no Congresso em relação ao licenciamento ambiental e às nossas áreas protegidas. A pressão e o exemplo internacional podem ser um fator decisório importante para a conservação”, conclui.


Sobre o WWF

O WWF-Brasil é uma organização não governamental brasileira dedicada à conservação da natureza, com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações. Criado em 1996, o WWF-Brasil desenvolve projetos em todo o país e integra a Rede WWF, a maior rede mundial independente de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países e o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.

Por  Giovanna Leopoldi

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