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Mapeamento do Serviço Geológico do Brasil visa fortalecer a capacidade de resposta e prevenção de desastres em município

Cartografia de Risco Geológico apresentou uma área de risco “alto” e duas de “muito alto Moradias construídas sobre blocos rochosos,...

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Cartografia de Risco Geológico apresentou uma área de risco “alto” e duas de “muito alto

Moradias construídas sobre blocos rochosos, onde houve movimentação recente

O município de São Roque, em São Paulo, apresentou três áreas de risco geológico, sendo uma de “alto” e duas de “muito alto” risco a movimentos gravitacionais de massa, mais especificamente relacionados a deslizamentos planares e quedas de blocos, conforme aponta a Cartografia de Risco Geológico do Serviço Geológico do Brasil (SGB), disponível aqui.

Essa situação resulta da expansão da área urbana, combinada com a geomorfologia da região. O crescimento urbano ocorre predominantemente em encostas, onde muitas construções carecem de acompanhamento técnico adequado. Nesse contexto, parte da cidade pode enfrentar consequências decorrentes da instabilização das encostas. O problema tende a se agravar no futuro, caso o poder público não implemente programas de fiscalização para conter o avanço da urbanização em áreas inadequadas, verificando os procedimentos de construção de novas moradias.

Segundo o mapeamento, a cidade enfrenta desafios significativos, relacionados à estabilidade das encostas íngremes ocupadas. Uma preocupação adicional é a prática frequente de cortes irregulares nas encostas para a construção de moradias, agravando ainda mais a situação. Essas construções em cortes podem ser encontradas tanto no meio quanto na base das encostas.

Em relação aos movimentos de massa, a cidade registra principalmente deslizamentos planares, suscetíveis a ocorrer em eventos de chuva. Também há propensão à queda de blocos rochosos. No que diz respeito às áreas de risco geológico associadas a processos hídricos, não foram identificados pontos com risco alto e muito alto. No entanto, recomendamos atenção especial a alguns locais, como Bairro Guaçu, Vila Vilaça, Gabriel Piva, Centro, São João Novo, Mailasqui e Vila Lino/Caetê.

Áreas de risco em São Paulo

Até outubro de 2023, o SGB já havia realizado cartografias de áreas de risco geológico em 122 municípios de São Paulo. Conforme as informações da base de dados do SGB, disponível aqui, foram identificados 858 setores que podem sofrer processos geológicos e mais de 496 mil pessoas que vivem em moradias de risco.

Políticas públicas para prevenção de desastres

O estudo propõe estratégias para diminuir ou eliminar os riscos geológicos, incluindo a elaboração de um plano de contingência abrangente que englobe tanto as áreas rurais quanto urbanas. Isso visa fortalecer a capacidade de resposta e prevenção de desastres no município.

Adicionalmente, sugere a implementação de programas de educação ambiental direcionados a crianças em idade escolar e a adultos em centros comunitários, visando instruir sobre a importância de evitar a ocupação de áreas inadequadas para construção.

O Serviço Geológico do Brasil também recomenda a instalação de um sistema de alerta para áreas de risco, utilizando meios de comunicação públicos, como mídia, sirenes e celulares. Isso permitiria a evacuação eficaz dos moradores diante de alertas de chuvas intensas ou prolongadas.

O mapeamento conduzido pelo SGB é crucial para embasar decisões acertadas, relacionadas às políticas de ordenamento territorial e prevenção de desastres. Além disso, contribui para estabelecer critérios na alocação de recursos públicos destinados a obras preventivas e de resposta a desastres, reduzindo vulnerabilidades sociais e impulsionando o desenvolvimento regional.

A atuação do SGB está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), em especial aos ODSs 1, 2, 9, 11, 12 e 13. Esses objetivos abrangem a erradicação da pobreza, a promoção da agricultura sustentável, o fomento à inovação e infraestrutura, a busca por cidades e comunidades sustentáveis, a promoção de consumo e produção responsáveis e a adoção de medidas contra a mudança global do clima.

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