Entidade é signatária das cartas elaboradas pela Fiesp e pela Faculdade de Direito da USP
A diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil seção São Paulo (OAB SP) esteve presente hoje (11) no ato organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) em defesa da democracia e do sistema eleitoral brasileiro. A entidade é signatária da carta articulada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da “Carta às Brasileiras e Brasileiros”, de iniciativa da USP.
A presidente da OAB SP, Patricia Vanzolini, foi uma das oradoras do evento de abertura, que ocorreu no salão nobre da Faculdade do Largo São Francisco, onde a carta “Em defesa da Democracia e da Justiça”, elaborada pela Fiesp, foi lida pelo ex-ministro da Justiça, José Carlos Dias.
Em seu discurso, Patricia ressaltou que a sociedade “não aceitará retrocessos”, relembrou o duro passado de repressão vivido durante a ditadura militar e afirmou que o país não pode flertar com nenhum regime que limite a vida dos cidadãos.
“Nós vamos respeitar esse passado sofrido, mas que nos honra, nos orgulha e nos comove. Nós vamos transformar esse presente e imaginar um futuro melhor, e esse futuro só é possível no Estado Democrático de Direito pelo qual lutaremos até o fim”, disse ela.
Participaram do ato egressos da Faculdade de Direito, bem como o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior e o diretor Celso Campilongo. Também estavam presentes políticos de vários espectros, empresários, movimentos sindicais e sociais, e artistas.
Pela manhã, houve uma concentração de advogadas e advogados na sede da OAB SP, no Centro paulistano. A Secional reuniu profissionais da advocacia para seguirem em passeata ao Largo São Francisco carregando faixas, placas e balões com a frase “Estado de Direito Sempre”.
Desde cedo, o local abrigava manifestantes e um telão, que foi disposto ao lado de fora, para que os participantes pudessem acompanhar a leitura dos documentos em favor da democracia e de confiança nas eleições.
Carta aos Brasileiros
O segundo momento do evento foi a leitura da Carta às Brasileiras e Brasileiros. Ela é uma releitura do documento escrito por Goffredo da Silva Telles Junior, em 1977, denunciando a ilegitimidade do governo militar e pedindo o restabelecimento do Estado Democrático de Direito. Desta vez, a carta exige que se respeite as eleições e a democracia.
O ato contou com a participação de juristas, artistas, representantes da sociedade civil, políticos, entre outras personalidades.