Transformar a dificuldade em oportunidade e, de quebra, ganhar uma nova vida.
Para muitas pessoas, perder um membro pode ser o fim. Para outras, o começo. Assim foi com João Hamilton que, em setembro de 2009, saiu do trabalho de moto, e, no meio do caminho lembrou que havia deixado o celular e retornou. “Foi um retorno que eu peguei e que mudou minha vida pra sempre”, conta João.
Uma batida com outra moto levou João a perder sua perna esquerda em questão de minutos. “Eu não tinha escolha, ou amputava ou corria risco de morrer”, relembra. Depois disso, uma nova vida. Adaptar-se sem um membro não é tarefa fácil. Para muitos, pode ser, inclusive, a deixa para uma depressão. Mas para João não. Durante muito tempo, ele relutou em utilizar uma prótese, mas a adaptação com muletas não foi a melhor.
Após muito relutar, João não só cedeu ao uso da prótese, como também pode perceber a diferença que a reabilitação pode trazer à vida dele. Reaprender a andar, a subir escadas, a tomar banho sozinho, a nadar. Isso mesmo. Após um tempo de reabilitação e com o incentivo da fisioterapeuta, João passou a se dedicar à natação. “A prática esportiva faz parte do processo de reabilitação de um paciente que sofre amputação. Após receber alta, incentivamos para que, de acordo com cada caso, os pacientes busquem uma atividade física, que acaba sendo quase uma continuação da fisioterapia”, conta Thais Fonseca de Oliveira, fisioterapeuta da Ottobock Clinical Services, que desenvolve em Porto Alegre um trabalho bem específico de reabilitação com pessoas amputadas.
De olho nas Paralimpíadas
Como sonho, claro, estão as Paralimpíadas 2020 em Tóquio. Enquanto isso, muito treino e dedicação para chegar até lá. “Minha história com o esporte está diretamente ligada ao processo de amputação. Apesar de sempre gostar, só passei a me considerar um atleta depois disso. Hoje, tenho certeza que todo esse processo de reabilitação e de dedicação a uma prática esportiva contribui muito para quem eu sou hoje em dia, e para que novas oportunidades aparecessem”, diz João.
Hoje, o paratleta está treinando duro para a primeira etapa da etapa regional Loterias Caixa, organizada pelo comitê paraolímpico, que irá acontecer no Rio de Janeiro, de 09 a 12 de abril deste ano. “Estou treinando como nunca para conseguir uma vaga nas finais do Brasileiro, e estou bem focado nisso”, finalizou João.
Sobre a Ottobock
A Ottobock é uma marca alemã líder mundial em vendas de órteses e próteses. Apesar de ter forte atuação nesta área, a Ottobock vem investindo em clínicas focadas na reabilitação dos pacientes. A ideia é não só fornecer as próteses, mas também reinserir as pessoas nas suas atividades por meio do acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, com fisioterapeutas e protesistas que acompanham toda a evolução dos pacientes.
“Não adianta o paciente ter uma boa prótese e não passar pelo processo de reabilitação. São nos pequenos detalhes, em cada um dos exercícios feitos na clínica que as pessoas vão retomando a segurança para executar não só as pequenas atividades diárias, mas também a prática de esportes, por exemplo, explica Thais.
Além de todo esse trabalho, a Ottobock tem uma relação bem especial com os paratletas. Parceira do comitê paraolímpico, a marca possui diversos embaixadores da marca, como o medalhista olímpico Lars Grael, Edson Dantas, que possui oito títulos na São Silvestre, o surfista Pauê, primeiro surfista biamputado e o recordista brasileiro dos 100m, o velocista Vinicius Rodrigues. A marca é conhecida por possuir próteses adaptadas para todos os tipos de esporte, com a mais alta tecnologia.