O presidente da ADPESP critica a falta de prioridade nas políticas públicas de segurança nos últimos dez anos, o que resultou em um déficit de policiais.

Notícia publicada em 6 de março de 2024

Segundo o estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de policiais militares na ativa no Brasil diminuiu 6,8% entre 2013 e 2023. Já o número de policiais civis e científicos teve uma queda de 2% no mesmo período.

De acordo com o Raio-X das Forças de Segurança Pública do Brasil, em 2023 havia 404.871 policiais militares ativos, em comparação com 434.524 em 2013. Já o número de policiais civis e científicos foi de 113.899 em 2023 e 116.169 em 2013.

Essa redução no número de policiais ativos acontece enquanto a população brasileira continua crescendo. Entre 2010 e 2022, a população do país aumentou 6,5%, de acordo com dados do Censo do IBGE.

Segundo o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP), André Pereira, a redução no número de policiais em São Paulo de 2003 a 2013 é resultado da falta de reposição de pessoal devido à mudança de prioridades dos governos estaduais. Isso significa que os governadores não estão priorizando o preenchimento de cargos vagos na polícia, direcionando recursos para outras áreas. Isso tem levado a um déficit de policiais civis e militares.

Pereira também destaca que o combate ao crime organizado tem se tornado mais difícil a cada ano, devido à influência das grandes facções criminosas em diversos setores da sociedade. Ele alerta para a infiltração dessas organizações em áreas como finanças, comércio, serviços, ambiente jurídico e político, o que pode levar a uma desordem generalizada.

“Apesar dos avanços tecnológicos e equipamentos modernos, as condições de trabalho para os policiais em São Paulo têm piorado, com baixos salários, alto número de suicídios, sobrecarga de trabalho e falta de critérios objetivos para promoções. Ainda apesar das mudanças no crime ao longo dos anos, como o uso de tecnologia para cometer crimes, a polícia tem conseguido identificar e prender criminosos por meio de rastros virtuais deixados durante os crimes”. Ressalta Pereira

Além disso, ele destaca que os golpes estão se tornando mais comuns e que a Polícia Civil tem conseguido recuperar bens e valores apreendidos em operações contra crimes cibernéticos. Nos anos de 2022 e 2023, foram recuperados mais de R 62 milhões em bens e valores.




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