Dar volta na Praça: Turma de 1977 do CERV, em comemoração aos 40 anos de formatura, revive a época

Notícia publicada em 20 de julho de 2017

O evento também teve fins caridoso: criaram o mascote “IQUE” que esta circulando pelas lojas da cidade,  símbolo de uma campanha solidaria em prol  ao  Centro Social Padre Henrique.

A Praça Ruy Barbosa, Matriz Nossa Senhora da Conceição, tem muitas histórias para contar. Por volta de 1930, segundo os arquivos, ela era formada somente de canteiros e jardinagem. Em 1940, ela já estava constituída de arvoredo, lajotas e um coreto. E nessa época, o coreto era o palco das retretas. Ali era o lugar mais importante da cidade, onde familiares, casais e jovens se encontravam. Nesse ano surgiu então uma das mais importantes pratica de lazer da época “Dar Volta na Praça”, prática denominada por eles como “footing” (passear), onde os homens giravam por um lado e as mulheres por outro, a maior diversão para os jovens, ate os anos 90. Esta pratica ainda persistiu, naturalmente sem mais aquele encanto  ate miados de 2008 , quando alguns jovens e adolescentes tentaram ressuscitar a tradição, cultural que marcou a Historia da cidade.

Recordar e viver

Por outro lado, vale lembrar que na memória de muitos que viveram aquela época, Dar Volta Na Praça, ao som das musicas que tocava na fonte, com certeza nunca se apagou, tanto é verdade, que Vanilda Sganzerl, 56, anos, estudante dos anos 70, do Colégio Dr. Raul Venturelli (CERV.), hoje moradora em São Paulo, teve a brilhante idéia de reunir no último dia 15 de julho, sábado, todos os formandos da época, e relembrar este passado, objetivando reencontrar amigos (ex alunos, formandos de 1977 do CERV) e também reativar a historia cultural de Capão Bonito. O encontro foi marcado com a presença de um bom numero de pessoas, alguns da cidade e outros  vindos de longe especialmente para este dia.

A ocasião foi motivo de emoção para esta turma que puderam se reencontrar, pois hoje eles estão espalhados por vários lugares: Pará, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, e por diversas cidades do Interior-Sorocaba, São Jose do Rio Preto, etc. Alguns não se viam desde da formatura, pois cada um seguiu seu rumo.

Vanilda em conversa com jornal Via Mão, recordou emocionada, falando detalhadamente daquela época. “Depois das aulas, todos nos estudantes tínhamos quase que como uma obrigação dar uma passadinha na praça, nem que fosse para dar uma voltinha. Era muito legal, me recordo como se fosse hoje, uns iam para ver a namoradinha, namoradinho, outros iam mesmo para paquerar e outros conversar com os amigos, e sem falar daquelas rodinhas que ficavam somente observando a turma passar. Tudo fazia parte daquele maravilhoso movimento, onde todas as noites a Praça ficava sempre repleta de gente dando volta. Dar volta na Praça era uma espécie de rito sagrado para nos. Depois que saiamos da aula, não íamos embora pra casa enquanto não déssemos pelo menos uma voltinha na Praça. Este tempo foi maravilhoso, marcante e esta idéia denominada: “40 Anos – Turma de 1977 do CERV” surgiu como forma de recapitularmos este tempo e também despertar de certa forma valores a esta tradição cultural que marcou a historia de Capão Bonito. A Praça é o coração da cidade, um lugar saudável onde as pessoas devem cuidar e fazer dela o melhor lugar para encontrar amigos e bater um bom papo. Não moro mais aqui, mas amo esta cidade e recordar este tempo para mim esta sendo muito gratificante”, relata, ela. “Fico triste quando dizem que a Praça hoje esta mais para reunir fumantes e drogados”. Comenta uma de suas amigas.

Visita

Fazendo ainda parte da programação, os visitantes, saudosistas, visitaram durante o dia, o Colégio onde estudaram, sentindo como se entrassem numa maquina do tempo, e ao depararem com as salas de aula e as carteiras onde sentavam, definitivamente viajaram ao passado, momento que se tornou inesquecível para cada um deles. Após as visitas nostálgicas, se reuniram em um especial jantar como forma de brindarem este importantíssimo encontro, fazendo assim valer o aquele dito popular “Recordar é Viver” , assim relembraram os anos 70, dando volta na Praça, às mulheres de um lado e os homens do outro.

Ação Social

O acontecimento não ficou somente nisso, eles também criaram um mascote que leva o apelido carinhoso do Padre Henrique, “IQUE”, cara de um bonequinho, pintado em um tambor, que durante o evento ficou na Praça como ponto de coleta: de Brinquedos Pedagógicos para auxiliar na montagem da brinquedoteca, roupas, produtos de higiene, fraldas,etc. O mascote é o símbolo de  uma Campanha solidaria em prol  ao  Centro Social Padre Henrique e um projeto elaborado pelo Lixarte.  Vale lembrar que o “IQUE” se encontra na Loja Erva Doce, onde ficará por 15 dias, de lá, seguirá para o Posto Ikeda. Segunda Vanilda, precursora da Campanha a idéia é que continue perenemente rodando pela cidade.




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