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Imagem – Portal Ativa Notícias / São Paulo
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A Ditadura assombra o Brasil e movimento popular esvaece este fantasma na manifestação contra PEC da Blindagem e Anistia

Show dos artistas: Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Ivan Lins são símbolos marcantes da história ditatoriana Em 1964, o...

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Show dos artistas: Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Ivan Lins são símbolos marcantes da história ditatoriana

Em 1964, o Brasil foi palco de um golpe que mudou a história do país. O Golpe Militar de 1964, articulado pelos militares e apoiado por setores conservadores, empresariais, resultou na derrubada do presidente João Goulart e deu início a um período sombrio de repressão e censura.

Durante os 21 anos de Ditadura Militar, que se estendeu até 1985, o Brasil viveu sob um regime autoritário que violou os direitos humanos e reprimiu qualquer forma de oposição. O golpe não só afetou a política do país, mas também deixou marcas profundas na sociedade brasileira, que ainda são sentidas até os dias de hoje.

É importante lembrar e refletir sobre esse período da nossa história para que possamos compreender as consequências do autoritarismo e lutar para que nunca mais vivamos sob um regime que desrespeite a democracia e os direitos fundamentais dos cidadãos. O Golpe Militar de 1964 foi um episódio triste e marcante, que deve servir de alerta para as gerações futuras sobre os perigos do autoritarismo e da violação dos direitos humanos. E o ato nacional contra A PEC da Blindagem e a tentativa de anistia que movimentou o Brasil neste último domingo, dia 21 de setembro, acordou o espirito democrático do povo brasileiro que foi as ruas em diversos pontos do País.

A PEC da Blindagem e a tentativa de anistia para atos antidemocráticos (golpistas de 8 de janeiro) representam um ataque frontal à transparência, á democracia e à justiça em nosso país. Ao permitir que políticos se protejam de investigações e punições, estamos abrindo as portas para a impunidade e a perpetuação da corrupção e a coleira no pescoço na nação. Este domingo, 21 de setembro também irá entrar nos anais da história, o povo foi para as ruas, a sociedade se posicionou contra essas medidas incabíveis que ameaçam os pilares da democracia brasileira. Foi uma importante defesa a constituição que garante verdadeiramente o estado democrático de direito, justo.

Não podemos permitir que interesses particulares se sobreponham ao bem comum e aos valores democráticos que tanto lutamos para conquistar. É hora de resistir e defender a democracia, antes que seja tarde demais e este movimento nacional, mostrou eu o povo esta unido.

Artistas que foram perseguidos na ditadura de 64 voltaram aos palcos contra Anistia e a PEC da Blindagem

Imagem – reprodução Instagram (Gilberto Gil, Djavan, Chico Buarque e Caetano Veloso)
Imagem – reprodução Instagram (Gilberto Gil, Djavan, Chico Buarque e Caetano Veloso)

Neste importante ato democrático e defesa ao povo brasileiro, vários artistas da Música Popular Brasileira (MPB) que viveram e reagiram à ditadura militar no Brasil (1964-1985), incluindo Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Nara Leão, Geraldo Vandré, Taiguara, Raul Seixas, Rita Lee, Milton Nascimento, Ney Matogrosso e outros, que foram censurados, presos, exilados por usarem a música como forma de protesto e resistência contra o regime, parte destes artistas, vestidos com as cores da bandeira brasileira se apresentaram neste domingo, em Copacabana, Rio de Janeiro de certa forma recordando o ato pretérito neste  movimento contra o Congresso Nacional ( contra Anistia e contra a PEC da Blindagem). O evento que aconteceu em diversos estados e cidades do interior , reuniu  muita gente.

Como a música popular brasileira se tornou forma de resistência:

Censura e reescrita: As canções eram vetadas e analisadas pelos censores, que muitas vezes lhes atribuíam significados que não correspondiam à intenção dos autores. Exílio e silenciamento: Muitos artistas foram forçados a se exilar para continuar produzindo e denunciando a repressão.

Letras metafóricas: Músicos como Chico Buarque e Gilberto Gil usaram metáforas, como no caso da música “Cálice”, para criticar a censura e a opressão, sem serem explícitos. Fortalecimento da MPB: A repressão impulsionou a força da MPB, que se tornou uma das principais ferramentas de protesto e de manutenção da liberdade de expressão no Brasi.

“Estes cidadãos da nossa música popular brasileira são verdadeiros guardiões da memória da Ditadura militar em nosso país. Com suas canções de resistência e protesto, eles foram voz e eco do povo durante um dos períodos mais sombrios de nossa história. Hoje, com suas idades avançadas, voltam aos palcos como símbolos vivos da nossa democracia conquistada com suor e sangue.

É preciso reconhecer e valorizar esses artistas que lutaram bravamente pela liberdade de expressão e pelos direitos humanos. Sua coragem e determinação merecem o respeito de toda a nação brasileira. Que suas vozes continuem a ecoar pelos palcos do Brasil, lembrando-nos sempre da importância de preservar a nossa democracia e os valores de justiça e igualdade.”

Por Ivonete Schmitz

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