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Capão Bonito – Agricultores de Capão Bonito participam de projeto para beneficiamento do palmito Juçara

Esquema de plantio desenvolvido pelos agricultores de Capão Bonito, com o plantio de Juçara irrigado e a pleno sol, fez...

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Esquema de plantio desenvolvido pelos agricultores de Capão Bonito, com o plantio de Juçara irrigado e a pleno sol, fez com que o desenvolvimento das plantas se desse muito mais rápido, antecipando a frutificação e deixando os frutos mais carnudos

Em setembro de 2021, um arranjo de cooperação entre a Rede Solidária 7 Barras, a Cooper Central do Vale do Ribeira, a Prefeitura Municipal de Guapiara, agricultores da família Kakihara de Capão Bonito, a Fundação Florestal e o Campus Lagoa do Sino da UFSCar, representado pelos docentes Fábio Grigoletto e Alexandre Camargo Martensen, do Centro de Ciências da Natureza (CCN), possibilitou o beneficiamento de aproximadamente uma tonelada de sementes e 500 quilos de polpa dos frutos do palmito Juçara. Espécie-chave para o equilíbrio ecológico da Mata Atlântica, essa palmeira encontra-se na lista de espécies ameaçadas de extinção, devido à exploração ilegal do palmito, pois a extração do palmito leva a palmeira à morte.

A parceria entre agentes da Universidade, da administração pública municipal e estadual, além das organizações da sociedade civil do Vale do Ribeira, permitiu a superação dos limitantes infraestruturais que condicionavam o aproveitamento da polpa, além da capacitação de trabalhadoras e trabalhadores de Guapiara no processo de seleção de frutos, despolpamento, envase e armazenamento da polpa produzida. “Importante ressaltar que o esquema de plantio desenvolvido pelos agricultores de Capão Bonito, com o plantio de Juçara irrigado e a pleno sol, fez com que o desenvolvimento das plantas se desse muito mais rápido, antecipando a frutificação e deixando os frutos mais carnudos, o que gerou um aproveitamento de polpa significativamente maior, além de ter facilitado a colheita, uma vez que as palmeiras deram frutos mais baixos”, diz Martensen.

O professor explica que, usando drones na execução do plantio, o programa espera adquirir mais de 100 toneladas de sementes até o final de 2030. Também de acordo com o docente, o potencial de valoração econômica dos frutos da palmeira Juçara aproxima as agendas de pesquisa da conservação ecológica e da inclusão produtiva de comunidades rurais situadas no entorno de áreas de preservação ambiental da Mata Atlântica. “Além disso, a iniciativa apresenta convergência com os eixos norteadores da instalação do Campus Lagoa do Sino, notadamente a agricultura familiar e o desenvolvimento territorial sustentável”, conclui o pesquisador da UFSCar.

Mais informações sobre o projeto foram divulgadas neste vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=UzFymJRb7S8

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