Coordenador do curso de Engenharia Civil da Anhanguera explica como é possível preservar estrutura de residências em época de temporais
A primavera de 2022 no Brasil será marcada, mais uma vez, pelo La Niña. O fenômeno natural é caracterizado pela queda das temperaturas na superfície que fica próxima à Linha do Equador e afeta grande parcela da América do Sul, com o aumento no nível de precipitações. A umidade do clima provocada pelas chuvas pode deixar paredes e lajes com foco de mofo e algumas dicas podem evitar o problema.
De acordo com o coordenador do curso de Engenharia Civil da Faculdade Anhanguera, professor Eduardo Alexandre dos Santos, é preciso verificar, inicialmente, se a estrutura da residência apresenta alguma patologia construtiva, como as relacionadas a infiltrações, às tubulações ou a problemas elétricos. “É possível que a obra da residência tenha algum vício oculto e um profissional qualificado poderá auxiliar na vistoria”, afirma o engenheiro.
Após identificar o surgimento de mofo, é preciso avaliar a melhor alternativa para resolver a situação. Dentre os métodos definitivos, que envolvem reformas ou podem ser adotados enquanto o local ainda está em construção, é recomendado aumentar o fluxo de ventilação dos ambientes, por meio de janelas, e impermeabilizar as áreas da casa (processo que deve ser realizado em dias quentes e secos).
Segundo o acadêmico, o tratamento superficial de paredes mofadas, com a retirada de tinta e de argamassa com uma espátula para aplicação de impermeabilizantes, é uma solução temporária viável para remediar o problema. “Essa medida costuma ter durabilidade de 5 anos e é aconselhável para quem não tem um orçamento grande para resolver o caso”, afirma o professor da Anhanguera.
No contexto de alternativas simples, a decoração também irá controlar o bolor. Os móveis da casa não devem ficar encostados em pontos com mofo, uma vez que os fungos irão se proliferar em locais abafados. A limpeza periódica com uma solução de água, água sanitária e detergente não irá remover a umidade da estrutura, porém, pode ajudar a conter o problema de forma pontual, além de prevenir o desenvolvimento de alergias e doenças respiratórias.
TELHADOS
Os cuidados com telhados e a impermeabilização de lajes irão preservar telhas e impedir que a água da chuva entre para o interior dos estabelecimentos. É necessário solicitar uma vistoria periódica com um engenheiro qualificado para verificar se as peças estão posicionadas corretamente, identificar irregularidades como frestas de luz no interior de ambientes cobertos, além de realizar manutenção anualmente.
A limpeza com cloro e jatos de alta pressão é importante para retirar o limo, bolor e o acúmulo de folhas, galhos e outras sujeitas. A sobrecarga de calhas e rufos em cidades onde as chuvas são mais intensas provoca infiltrações e a estrutura deve estar adequada para receber a vazão de água. “Ambientes escorregadios podem provocar acidentes graves, portanto, não é indicado fazer essas atividades de desacompanhado de um profissional”, alerta o docente.
Assessoria de Imprensa | Ideal H+K Strategies