Presidente da Fiesp também defende importância da retomada do crescimento
O presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, reuniu-se na última terça-feira (8 de agosto) em São Paulo com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para manifestar a preocupação da indústria sobre notícias a respeito de possível aumento de impostos em 2018 e da volta do imposto sindical. “Somos radicalmente contrários”, afirmou Skaf.
Outros temas da conversa foram a troca da TJLP pela TLP nos financiamentos do BNDES, inoportuna, segundo Skaf, e a importância da retomada do crescimento no país – para o que, destacou o presidente da Fiesp e do Ciesp, é necessário que os juros caiam com a maior velocidade possível, os impostos não subam e o crédito seja destravado.
Skaf sentiu no ministro concordância na posição contra a volta da contribuição sindical e outros impostos. “Da mesma forma, tive a segurança dele de que não haverá outros aumentos de impostos”, inclusive das alíquotas do imposto de renda. “Está muito claro que a sociedade não aceita e não vai aceitar aumento de impostos.”
A solução para não mudar a meta fiscal, explicou, é “cortar gastos, desperdícios, buscar mais eficiência”. Outra coisa muito importante, defendeu, é estimular a retomada do crescimento do país, o que geraria empregos. “Este é o maior problema do Brasil”, disse, ressaltando que há quase 14 milhões de desempregados no país.
Quanto à troca da TJLP pela TLP, Meirelles, segundo Skaf, disse que é uma discussão no âmbito do Banco Central. Skaf reiterou que o momento é totalmente inoportuno.
Skaf afirmou que acredita que não vai haver a reoneração da folha de pagamento, porque a medida provisória que a institui deve caducar. “Com isso, volta a normalidade. Não vai ser aumentado o imposto sobre a folha.” Além disso, lembrou, há uma medida liminar que evita a reoneração.